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segunda-feira, 21 de março de 2011

História da Aspa

HISTÓRIA DO INÍCIO DA ASPA
Bom, vou contar um pouco de minha história e de como a ASPA começou. Que me lembro do início não oficial de minha luta para salvar os animais, vem desde criança, eu tinha aproximadamente uns 12 anos, quando em frente de minha casa, um cachorro foi atropelado por um caminhão e eu o vi indo imediatamente socorrê-lo, pois sua perna direita ficou inteira sem o couro que foi arrancado e ficou todo pendurado no músculo.Como eu era criança e a cidade era pequena ainda, não havia muitos atropelamentos ou animais abandonados nas ruas. Passado muito tempo, a cidade cresceu e os problemas com animais também. Com trinta anos fui morar sozinho, eu estava trabalhando na cidade de Itapevi/SP, e como me mantinha agora sem depender de meus pais, falei pra mim mesmo, agora posso ajudar os animais em minha casa. Eu lecionava aulas de Educação Física e num dia desses, estava indo para a quadra, quando brinquei com uma cadela parecida com a Lassie, porém de porte médio e imediatamente os funcionários que viram, falaram para mim que ela tinha abandonado seis filhotinhos embaixo da caixa d’água da escola, momento em que deixei os alunos fazendo atividade e fui La para ver, e realmente era verdade, porém ela não os tinha abandonado por ser uma péssima mãe e sim pelo motivo de ela não ter nem pra ela se alimentar quanto mais dar de mamar para seus filhotes.
Momento em que não hesitei nenhum  e disse a eles, pode deixar, vou levá-la comigo para Sorocaba e La cuidarei dela e dos filhotes. Foi o que fiz e onde começou a história de minha luta e amor pelos direitos dos animais.
Chegando a Sorocaba, a acomodei em um local provisório, até poder construir um canil descente, e as alimentei. Quando foi no dia seguinte quando fui vê-la fiquei muito feliz, pois ela já estava novamente amamentando todos os seus filhotes. A partir daí todos cresceram saudáveis. Depois disso não parei mais de recolher animais das ruas, o que com o passar dos anos foi ficando uma situação insustentável, pois os gastos com ração e medicamentos ficavam cada vez mais alto e já não mais estava dando para custear devido a quantidade de animais, pois são poucos os seres humanos com coração sensível por essas criaturas para ajudar. Porque quem gosta dos animais também já esta em situação difícil e não poderia ajudar por também já ter muitos animais.
Dos filhotes da Lassie só ficou comigo a Sasha o resto sumiu num dia em que estava terminando de construir minha casa, pessoas que transitavam pela rua devem ter levados, por serem filhotinhos e estavam muito bonitos.A partir da Lassie e depois de outros animais que recolhi surgiu a ONG ASPA porém não oficialmente, isso só foi ocorrer anos depois, em novembro de 2004, dando esse nome e a registrando em cartório. Pra ser mais exato, a ASPA começou a existir, depois que recolhi logo em seguida a cachorra, uma gata que dei o nome de Daiana e um linda égua manga larga com aproximadamente com uns 6 meses, que dei o nome de Boneca, os quais fazem parte do primeiro logo da entidade junto com minha foto,pois éramos os fundadores, eu,boneca,daiana e lassie, porém alguns anos depois mudamos o logo por desenhos, devido meu rosto aparecer num logo de uma ONG,porém sempre terei na parede da entidade o primeiro logo, com os dizeres de “FUNDADORES DA ASPA”. Hoje ela tem um site WWW.aspasorocaba.blogspot.com, onde se poderão ver muita coisa sobre nossa entidade.
Por ser professor de Educação Física, com o passar dos anos comecei treinar corrida e a participar de provas de rua.Então comecei os treinos em meio a mata de meu bairro e nas ruas que ainda não possuíam movimento, todos os dias soltava os cachorros que já tinha tirado das ruas, pois eles adoravam me acompanhar.Todos os dias que eu ia correr, a égua boneca que fica amarrada no pasto  me via saindo com os cachorros e ficava alvoroçada relinchando muito e empinando sua patas dianteira.Eu olhava e ficava com dó, porém eu tinha medo de soltá-la,daí um dia resolvi soltar, pra ver se era isso que ela queria, correr comigo, pois ela não podia ver eu me ausentar de perto dela, que já começava a ficar agitada. Soltei então em um dia que iria correr com os animais e não deu outra ela começou a me seguir e a partir desse dia nunca mais fui sem ela, era minha companheira junto com os cachorros em todas as minhas tarde de corrida. Isso aconteceu durante praticamente 4 anos.Por estar sempre correndo nas ruas, a Rede Globo ficou sabendo o que eu fazia, então me ligaram pra saber se não poderiam fazer uma matéria comigo e eu aceitei. Essa matéria também esta no site. No decorrer das filmagens ninguém acreditava no que via vários cachorros e uma égua acompanhando seu dono sem se dispersar, sempre junto de mim, era o máximo, ainda mais quando no meio do caminho a égua resolveu parar e cheirar dois cavalos que estavam com seus cavaleiros a passeio, porém no momento em que ela percebeu que me distanciei, deu uma relinchada muito alta e se, pois a correr novamente atrás de mim nem dando bola para aqueles cavalos. Quando o repórter perguntou aos cavaleiros sobre isso, eles disseram,nuca vimos isso na vida, uma égua deixar os cavalos para correr atrás de um ser humano. Isso nada mais é que amor incondicional do animal para com seu dono e vice versa.
Durante quatro anos fomos felizes assim, apesar de as vezes algumas das companhias já não estava mais entre nós, por já ter falecido, como no caso da primeira baixa de um dos animais que fariam parte da fundação da ASPA, a Daiana que num dia deixei a janela da cozinha aberta e fui trabalhar, quando cheguei em casa e fui tratar deles, ela estava morta já no chão do quintal, os cachorros a mataram e eu não podia mais fazer nada, e esse dia foi minha primeira tristeza, ela era um amor de gata e viveu tão pouco, só dois anos, porém me deixou seu legado dois filhotinhos lindos, onde uma esta comigo até hoje e que se chama Mimi. O bairro estava crescendo e eu não tinha mais onde deixar minha égua, devido onde ela se encontrava estava dando muito mau cheiro e os vizinhos já estavam reclamando. Foi quando resolvi levá-la para chácara do meu irmão, porém La eu não tinha condições de vê-la todos os dias e sim só no final de semana, o que me deixou muito triste.Lá também ela engravidou de um cavalo Manga larga e deu a luz por La mesmo. Depois de um certo tempo um advogado próximo de um amigo meu, cedeu um local em comodato para que eu pudesse estar cuidando dos animais de rua ali, então resolvi trazer a boneca de volta e assim o fiz e voltamos a nossa vida normal de corrida pela mata. Porém em uma tarde depois de ter cuidado dos animais, estava ameaçando um temporal, tendo que ir embora rápido .No dia seguinte um colega que eu pagava pra me ajudar a cuidar dos animais na parte da manha me acordou desesperado, dizendo que a égua e sua filha haviam sumido, isso foi em Janeiro de 2006. Levantei imediatamente, nem o rosto lavei, chegando La comecei a investigar para saber o que tinha acontecido, olhei tudo e não havia nenhum sinal ou marca de que ela teria escapado devido ao medo do temporal, e por causa da chuva que tinha dado.Era estranho demais aquele sumiço, pois eu a deixava sempre solta e ela nunca sumiu, sempre estava La no momento que eu chegava para alimentá-la. Fui para vários bairros próximo dali, porém nada, então resolvi falar com uns colegas que moravam ali perto e também tinham cavalos. Quando eles me surpreenderam dizendo que os dois cavalos deles também haviam sumido no mesmo dia e que tinha um pessoal de um outro Estado em nossa cidade, roubando cavalos pra trocar por drogas ou vendiam barato, para comprar drogas e que esses animais eram levados para esse estado que é o Paraná, para fazerem deles mortadela ou ração para outros animais.Esses animais roubados eram assassinados em frigoríficos clandestinos e de difícil localização e fiscalização. Rodei várias cidades até desistir, pois não tinha condições financeiras de estar indo mais longe ou mesmo até esse estado, não teria como percorrer várias cidades desse estado e também não teria como conseguir entrar nesses locais para estar vendo os animais que estariam indo para o abate.Seria como encontrar uma agulha num palheiro. Pus no jornal, foi feito uma matéria na Rede Globo de Televisão, anunciei uma boa recompensa, mas nada, nunca mais a vi. O pior de tudo foi saber como esses seres que se dizem seres “humanos” matavam esses animais, cortando lhes as pernas na altura do joelho ainda com vida, para que se estancasse todo o sangue, se não, não serviria para a confecção de mortadela com o sangue coagulado. Infelizmente vivemos em um mundo capitalista, e tudo gira em torno de dinheiro, onde os mais fortes sobrepujam os mais fracos, que no caso em questão são os animais que defendo.
Nunca a esqueci, sempre tem algo ou algum motivo, que me faz lembrar dela e dos nossos tempo de corrida livre e solta a vontade,é triste, pois desde que a adotei, achei que fossemos envelhecer junto, já que um cavalo vive em média 35 anos e também nunca saber se realmente ela foi morta ou não.Depois desse acontecimentos os dias se passaram e a vida tinha que continuar, pois ainda tinha muitos seres indefesos que dependiam de mim e uma causa para lutar, que era e é defender os direitos desses pobres coitados. Assim fui, cuidando deles, um trabalho alegre mas ao mesmo tempo triste,pois tinha e tem animais abandonado que estão na fase final da vida, e não sabemos o motivo cruel que fez com que na hora em que o animal mais precisou de seu dono, ele o jogou na rua. Muito desses animais que salvei morreu em minhas mãos, no meu colo, pois muitos deles as vezes chegavam a ficar um mês comigo ou até dias e não agüentavam mais e morriam, porém eu falava com eles em seu final de vida e depois em seu funeral, que sorte pelo menos eu te encontrei e te dei um final de vida descente, vai em paz meu amigo, pois não importava o tempo que esse animal estivesse comigo, eu o amava do mesmo jeito que amava um que criei desde de pequenino.Gostaria muito de não ser como sou, pois quem faz o que faço sofre muito nessa vida, pois não conseguimos salvar a todos e ainda recebemos muita cobranças e várias críticas pelo que fazemos, como se fosse nossa obrigação, o que é ao contrário fazemos por amor e dedicamos a nossa vida e nosso dinheiro em prol dessa causa.
           Apesar de estar cansado pela falta de apoio e as condições precárias nunca desisti deles, porém faço o que meu bolso permite, sem poder salvar mais animais o que me corta o coração, assim continuo o trabalho com a ASPA,porém  veio mais um sofrimento, quando em meados de  20008, a primeira cachorra, de onde tudo começou, a Lassie,que apareceu na rede globo de televisão correndo comigo pois eu era maratonista nessa época e corria com os animais nas ruas de Sorocaba .Ela começou a ficar mau, percebi pelas fezes dela pois ela não aparentava nenhum sintoma físico visível , momento em que decidi levá-la no veterinário, o Dr Henrique da clínica Santana, um excelente veterinário que sempre esteve disposto a nos ajudar. Foi feito os exames e no ultra som deu que ela estava com um tumor do tamanho de um punho fechado e o Doutor falou que a única coisa a fazer, era cirurgia, pois medicação não adiantaria, já estava muito avançado, porém ela poderia não agüentar devido sua idade que era aproximadamente uns l4 anos, mas ele daria a anestesia inalatória, para não ter perigo, porém ainda teria risco. Eu decidi que tudo bem, pois já tinha percebido que ela estava com dores nessa região da barriga e ela não poderia seguir esse finalzinho de vida que tinha, sofrendo, então autorizei a cirurgia, falei a ele faça o que tiver que ser feito por ela. No dia seguinte o veterinário me ligou para falar que ela havia falecido, não agüentara a cirurgia, o mundo desabou novamente para mim, pois achei que daria tudo certo e nem me despedi dela e isso me deixou muito triste e sempre me lembro com muita saudade dela, ela era um amor, minha companheira, onde eu estava ela estava atrás, não me abandonava nunca e eu não teria mais essa companhia.Eu estava sem carro, então um amigo foi comigo buscar ela para fazer seu enterro. Ela veio dentro de um saco preto, momento em que peguei o saco, desabei a chorar,é uma sensação horrível não tenho nem como explicar, abri o saco e fiquei abraçado nela até chegar no canil para enterrá-la perto de mim. Meu amigo me deixou sozinho com ela, pois eu pedi, cavei o buraco e fiquei ali num sei quantas horas, pois não conseguia deixar ela ir, pois saberia que era a ultima vez que eu estaria vendo aquela que foi minha companheira por dez anos. Em fim a enterrei, mas ainda fiquei um tempo no local e por vários dias fiquei visitando seu túmulo e sofrendo, com o passar do tempo fui assimilando, porém nunca deixei de ir ver seu túmulo e limpá-lo, e assim fomos seguindo a vida.
Logo no meio de 2008, no centro da cidade, recolhi uma outra cadela que se identificou comigo imediatamente que me viu, os vendedores das lojas sempre punham comida pra ela, porém me pediram para levá-la que ali ela corria perigo. Ela pulava, me mordia, era amor a primeira vista, decidi então levá-la. Logo que levei pra casa, não teve como não deixar, ela começou a dormir comigo na cama junto com as duas gatas que já tinham la. Ela aliviou um pouco o sofrimento que estava passando por causa da Lassie, pois quando recolhi a neguinha, esse foi o nome que dei à ela pois era pretinha inteira.Quando a recolhi, a Lassie ainda estava viva e elas se deram muito bem . Porém minha alegria durou pouco, logo depois da morte da lassie, só dois anos depois  ela ja devia estar com cinomose, pego nas ruas, porém conseguimos contornar, mas um mês depois também foi detectado a doença do carrapato e como já estava com o organismo debilitado, não agüentou e morreu as duas horas da manha dormindo do meu lado, sei disso porque acordei momento em que ela defecou no meu braço . Novamente chorei de mais, pois quanto mais próximo da gente, mais sofremos, nem trabalhar fui, não tinha animo. Então a peguei , a levei para o canil e a enterrei ao lado da lassie e la estão dois dos meus amores, uma ao lado da outra descansando em paz, pois para as duas no momento em que as enterrei eu disse que fiz tudo que pude por elas em quanto foram vivas e que fossem em paz, desse mundo cruel. E assim foi e é, continuo minha vida e os trabalhos com a ASPA que esses animais me ajudaram fundar, e quem sabe um dia desses eu ainda não encontre a Boneca para me dar uma injeção de animo novamente , seria o máximo.Aqui não é o fim da nossa história,pois a luta continua, hoje vivo com a Julie, uma poodle branca em minha casa junto com a mimi filha da daiana minha primeira gata de rua e a menina, outra gata,o pulga um viralata pequeninho, por isso esse nome e um ilhasa que que foi jogado na rua com certeza por estar velho, um rapaz viu uma mulher o jogando, por pouco não foi atropelado. Mantemos um canil,um gatil e um viveiro onde todos podem ver os animais retirados das ruas e que estão para adoção depois de terem sido cuidados.Porém estamos sem condições de poder salvar mais animais pelas condições financeiras, então quem for sensível a essa causa, pode ajudá-los de qualquer forma através de ração, voluntariado, dinheiro na conta da ONG Banco do Brasil AG 6962-0 CC 1381-1, como achar melhor, o importante é a ajuda. Esse é um breve resumo de nossa e minha história......

4 comentários:

  1. olá eu gostaria de trabalhar como voluntária teria como ? meu e-mail: mariapaula.moraes.rosa@hotmail.com
    obrigada !

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  2. ooi eu me chamo Ariely e gostaria de ser voluntaria , entrem em contato pelo meu email : ari._.vieira@hotmail.com

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  3. ola,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,eu sei que vcs precisam de muita ajuda, só que vou ser egoista um pouquinho e vou perdir se vcs conhecem alguem que possa ajudar uma fila brasileria de 13 anos que descobriu que esta com cancer na juntas de uma das patas da frente, e o medico acredita na amputação da mesma. Como ela é muito grande, o transporte se torna difícil e caro. Ai que eu iria pediar ajuda se vcs conhecem médicos, pessoas que possam estar auxiliando nessa trajetória de qdo ela perder a pata, pois tbm tem a quimioterapia, qq ajuda qq orientação fico grata pois estou desesperada. segue o meu email
    eliana.rodriguescaetano@facebook.com

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  4. peguei esses email emprestado do blog,,,,,por favor entrar em contato atraves do meu ok

    eliana.rodriguescaetano@facebook.com

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